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Morte

O Fim / Morte

Com o aumento da popularidade do cinema 3D, verificou-se também uma maior adesão à TV 3D, que se manteria até 2013, ano em que as vendas começaram a decrescer significativamente até que, em 2017, a produção deste tipo de TV foi descontinuada pelas maiores companhias tecnológicas mundiais, tais como a LG, a Sony e a Samsung.

Foram vários os problemas associados ao declínio e eventual morte das televisões 3D. Existe um debate grande sobre as reais razões pelas quais uma tecnologia tão revolucionária nas televisões não tenha vingado num mercado cada vez mais consumista.

Tecnologia / Problemas

Um dos maiores problemas associados à visualização de conteúdo 3D é a utilização de óculos específicos para o efeito.

 

Se no cinema estes não passam de um mal menor porque a ida a um destes anfiteatros é esporádica, em casa são claramente um entrave com mais impacto. Se alguém está a ver conteúdo 3D na TV, isso implica que todas as pessoas que queiram ver o mesmo conteúdo tenham acesso a óculos.

 

Para além de pouco apelativo esteticamente, é proibitivo num lar numeroso pois cada par de óculos é caro, e sem os mesmos é impossível visualizar conteúdo 3D. Utilizadores que usem óculos graduados são obrigados a usar estes e os 3D ao mesmo tempo, o que torna a experiência desconfortável.

Outro entrave seria também a obrigatoriedade de comprar uma TV específica para usufruir de conteúdo 3D. Um flat screen HD de última geração sem 3D não seria capaz de comportar este conteúdo visto que o 3D é uma feature de fabrico e não um upgrade numa TV 2D.

Comercial / Problemas

A generalidade das TVs com capacidade para reproduzir conteúdo 3D eram mais caras que as TVs sem essa capacidade. Para além do custo ser maior o conteúdo disponível para visualização a três dimensões era reduzido, tanto no número de canais de TV como no número de programas produzidos neste formato, o que causou um desinteresse generalizado nas pessoas.

 

Porquê comprar uma TV mais cara para ter acesso a pouco conteúdo 3D, quando existem opções mais baratas que garantem uma excelente qualidade de imagem em 2D?

Segundo o director de desenvolvimento da LG, Tim Alessi, “A capacidade 3D nunca foi abraçada universalmente na indústria para uso doméstico e simplesmente não pesa na hora de seleccionar uma nova TV.

 

Pesquisas demonstraram que não é uma das principais considerações no acto da compra e outras informações indicaram que a utilização não era grande”. Os utilizadores passaram a considerar outros factores, como a resolução, o tamanho do ecrã e a conectividade.

Saúde / Problemas

Segundo o jornal britânico The Telegraph em Abril de 2010, a Samsung deu ênfase aos perigos da exposição contínua à tecnologia 3D nas suas TVs, sendo os idosos, as mulheres grávidas, as crianças, as pessoas com condições médicas graves, as pessoas sob o efeito do álcool e as pessoas com privação de sono os grupos mais afectados.

Ataques epilépticos, náusea, tonturas, convulsões, cãibras e espasmos oculares seriam alguns dos episódios mais frequentes segundo o gigante tecnológico sul coreano.

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